MORRO DE SÃO PAULO, CAIRU, BA

Depois de deixar Salvador, a próxima parada foi Morro de São Paulo, uma ilha que faz parte do município de Cairu. Há várias maneiras de chegar a essa ilha: aéreo (direto do aeroporto), terrestre (por Valença) e pelo mar (vindo de Salvador). Esta última foi minha opção tanto de ida, quanto de volta... e como sofri na volta!

Mirante da Tirolesa

A ida pelo Catamarã foi bem tranquila, mas é bem complicada para pessoas que enjoam facilmente. Assim, é sempre recomendado o uso de Dramim ou Meclin. Passei o total de duas horas admirando o mar aberto e torcendo para ver um golfinho ou uma baleia (mais uma vez, apesar de já saber que só no mês de julho e agosto que elas aparecem). Cometi o pequeno erro de não passar protetor solar no rosto e nos braços, únicas partes de meu corpo à mostra. Nem preciso dizer a beleza de vermelhão que isso me rendeu e essas foram as únicas partes que descasquei.

Logo na chegada, fiquei apaixonada pelo que vi. O farol da ilha certamente dá um excelente visual. Como o caminho para as pousadas é um pouco complicado e algumas vezes longo, há carregadores usando seus “táxis” para auxiliar os turistas. A base de preço desse serviço é de R$10, dependendo da distância e o volume de bagagem. Eu dispensei esse serviço e me virei para arrastar minha mala por uma rampa muito íngreme e pelo caminho de areia. A praça da cidade está em obra e a rua Caminho da Praia é toda em areia. Porém, lá fui eu, firme e forte, e tive a sorte de minha pousada ser próxima. 

Caminho da Praia

 Depois do check-in, uma soneca e um banho, fui passear pelas praias e conhecer o que me aguardava pelos próximos dias. A ilha é dividida por primeira, segunda, terceira, quarta e quinta praias. Até a quarta praia, é possível ir andando e curtindo a exuberância. A água é muito limpa e clara e a vegetação ajuda a compôr o paraíso. Ao voltar, encontrei uma baiana vendendo cocadas na terceira praia. Ela as vende de maneira muito artesanal e são cocadas de vários sabores; simplesmente maravilhosas. Andei rapidamente pela vila e comprei os passeios que são quase obrigatórios aos visitantes da ilha: o passeio às praia de Boipeba e o passeio a Gamboa.

No dia seguinte, acordei bem cedo para ir até o Farol e o mirante da tirolesa. Claro que a vista lá de cima é linda e a subida bem tranquila. Depois do café da manhã, lá estava eu pronta para encarar o pequeno barco Pirata do Morro para o passeio à praia da Gamboa. Esse passeio me rendeu figurinhas marcadas de viagem: Deborah, Liliane, Enir e Solange, do RJ, e André Gabriel, de São Paulo, e Danilo e Poliana, de Campinas. 

Mesa longa e divertida

 Deborah definitivamente foi a parte mais animada do passeio e nos rendeu pelas gargalhadas. Bem, o passeio nos levou a bancos de areia deslumbrantes e a um banho de lama bem divertido, Este é famoso por seus "poderes" para eliminar gorduras, celulites e estrias. Como houve gente se banhando pro completo, comcentrando a maior quantidade de lama na barriga (JURO QUE NÃO FUI EU).

Banho de lama. Oh animação do povo!

À noite, toda essa turma se reuniu no único quiosque que fica aberto 24h. A espécie de Café Bar serve caipirinha de cacau. Provei e posso dizer que me senti banhada do drink (graças a Gabriel). 

Saidinha noturna.

Há muitos bons restaurantes e tavernas para almoçar e jantar. Pelo menos 3 sorveterias estão disponíveis. Lagosta e camarão são as especialidades da ilha. Muitos estabelecimentos aceitam cartões de créditos e também há caixas eletrônicos da Caixa, Banco do Brasil e Bradesco. Aliás, quem é cliente do Bradesco não fica sem dinheiro na ilha, pois além do caixa eletrônico, alguns estabelecimentos estão vinculados com a rede do banco e podem efetuar saques. 

Famosa lagosta do Guido.

Infelizmente Deborah, Liliane, Enir e Solange não puderam nos acompanhar no passeio a Boipeba. Eles partiram no dia seguinte em que nos conhecemos. Assim, nesse estávamos apenas eu, Gabriel e André. Como o passeio é longo, é usada uma lancha inflável. Acho até que a Deborah não teria aguentado esse passeio, que consistia em conhecer as piscinas naturais da região, as praias desertas do município de Cairu, o Rio do Inferno e aproveitar uma boa degustação de ostras frescas. Esse passeio é bem mais longo e desgastante, mas para quem gosta desse tipo de aventura, vale a pena. As praias são sempre um show a parte. Mais uma vez encontrei cariocas na lancha e aproveitamos para nos encontrarmos à noite e aproveitarmos meu último dia na ilha. 

Praça de Boipeba.

Posso dizer sem medo que Morro de São Paulo foi bem melhor que Ilha Grande, no Rio de Janeiro, e também o ponto alto dessas minhas férias. Sem dúvida, voltaria àquelas praias, pois a ilha mesmo, aproveitei pouco. Aconselho a todos a visitarem esse paraíso baiano antes que ele se perca.